Clima reduz produção de caqui no sul de Minas

Muito calor no fim de 2024, pouca chuva e queda de granizo ocorrida há um mês danificaram algumas lavouras A colheita de caqui atingiu o pico no sul de Minas Gerais e já é possível estimar com mais clareza quais serão os resultados desta safra. Em Turvolândia (MG), maior município produtor da fruta na região, os impactos do clima devem levar a uma queda de 20% na produção, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater-MG).
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A expectativa é de uma produção de cerca de 2 mil toneladas em 2025 e a colheita deve se estender até julho, tendo como pico os meses de abril e maio.
“Esse ano, devemos ter uma safra 20% menor em decorrência de problemas climáticos. Tivemos muito calor no fim de 2024, pouca chuva e, há cerca de um mês, ocorreu uma queda de granizo, que danificou algumas lavouras no município”, disse o extensionista da Emater-MG, Fábio Firmo, em nota.
Atualmente, a área plantada com caqui em Turvolândia é de 200 hectares. O município é responsável por cerca de metade da produção de caqui do Estado.
“A região tem uma tradição na produção de caqui, que é consumido in natura. Os agricultores locais conciliam o cultivo do caqui com outras frutas, que tem safras em épocas diferentes. Isso proporciona ao produtor uma melhor distribuição de renda ao longo do ano”, acrescentou o coordenador técnico de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.
Além do caqui, os agricultores de Turvolândia produzem abacate, ameixa, atemoia, goiaba, laranja, pêssego e lichia.
“A produção de frutas do município iniciou com a colônia japonesa nos anos 70, que acabou transformando o município num pólo de fruticultura", lembrou Firmo.
A maior parte do caqui produzido no Brasil se destina ao consumo in natura, mas com a fruta pode-se produzir o vinagre e a passa de caqui, apreciada por muitos descendentes de japoneses.
De modo geral, uma planta adulta, em pomares bem conduzidos, produz de 100 a 150 kg de frutos por ano. A colheita dos frutos é feita quando eles perdem a coloração verde e adquirem a tonalidade avermelhada.
Atualmente, a produção de frutas da região, como um todo, é vendida em São Paulo, Belo Horizonte, Espírito Santo, Nordeste e até para o exterior, como é o caso da atemoia que vai para o Canadá.
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